domingo, maio 31, 2009

honestidade

honestidade,

preço terrível por uma palavra!

nada da boa sombra da mentira;

o honesto anda debaixo desse sol escaldante,

que lhe arranca a pele,

e desse vento que trás um sal que lhe fustiga a carne nua.

Sim, o honesto está nu

sua boca sedenta clama pela água das facilidades da vida.

Mas o seu coração é chama pior que o sol que o devora,

e assim essa caravana feita pelo honesto e seus tormentos

é impelida pelo deserto da existência

provocando admiração a todos nós,

mentirosos poetas

envoltos naquele manto de sombras convenientes.
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