No Alto da escuridão
paira, ondulante
a luz escorrida da procissão.
O morro é invisível;
se fundiu ao escuro do céu
e alguém diria que a procissão
é o fio de uma esguia cascata
dum fogo sereno, tremulante
silenciosa serpente de fogo
ferindo sem ferir
a noite absurda e sem amanhecer.
O meu caminho muda
nas esquinas em penumbra
onde faço meu clero;
E já diviso
que a serpente se fragmentou.
Agora são pequenas manchas de fogo
subindo, de forma vacilante,
de forma amorosa,
lutando contra o vento que
sempre quer apagar as chamas
atendendo ao chamado misterioso.
As tochas são agora
uma alaranjada romaria
de pequenas estrelas
subindo sem peso e sem destino
para o crepúsculo cuzeiro
o topo do outeiro
onde jaz o buraco-negro
que, atroz,
a todos
seduz
e todas as luzes
em noite escura
vão se tornando
conforme vão se apagando.
.
.
.
a luz escorrida da procissão.
O morro é invisível;
se fundiu ao escuro do céu
e alguém diria que a procissão
é o fio de uma esguia cascata
dum fogo sereno, tremulante
silenciosa serpente de fogo
ferindo sem ferir
a noite absurda e sem amanhecer.
O meu caminho muda
nas esquinas em penumbra
onde faço meu clero;
E já diviso
que a serpente se fragmentou.
Agora são pequenas manchas de fogo
subindo, de forma vacilante,
de forma amorosa,
lutando contra o vento que
sempre quer apagar as chamas
atendendo ao chamado misterioso.
As tochas são agora
uma alaranjada romaria
de pequenas estrelas
subindo sem peso e sem destino
para o crepúsculo cuzeiro
o topo do outeiro
onde jaz o buraco-negro
que, atroz,
a todos
seduz
e todas as luzes
em noite escura
vão se tornando
conforme vão se apagando.
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