sábado, agosto 15, 2009

estrela embolorada



estrela embolorada,

tinge de dourado bolor

as árvores tranqüilas do hospital

onde os doentes morrem em tranqüilo desespero

no ocaso da tarde e da vida

estrela empoeirada,

não atinge a delícia da poeira fina da poesia

cebola descascada,

faze chorar de maneira ardida,

à semelhança dos que padecem

sem pele

sentindo o sal

das lágrimas a rolar

rosto abaixo

peito nu

arfante

e salpicado de colorido bolor
.
.
.

Um comentário:

Zah disse...

Josiel, sempre Josiel!
Contundente ao msm tempo suave e profundo.
Teu Blog ja ta aki linkado no meu!
Abraços!