entre vazios

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Do céu Subterrâneo:
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Uma Estalactite
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oh-oh-oh
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gota a gota
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de sangue
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de amor
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de tristeza
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escorrendo
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pelas paredes
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caverna da alma
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chuva interna
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perfazendo
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uma estalagnite
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sobre o coração
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onde ninguém verá

canção entoada

entre vazios

coração de pedra há galerias

de arte

de cavernas

pingo a pingo

se faz

uma construção abstrata

de sentimentos

muito concretos
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caimento

caimento
um beijo
e o
estranho Déque
se sente um pouco normal
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furlana

E me apavora ainda a existência
pois a essência é fiadeira
escorre em teia
uma corrente
nos dois
que brigam
e se amam
apavorados
furlana
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ateliê

ateliê,
onde está você?
Losango cáqui
na sua camisa
desenhado
por luz outonal
prazer em criar,
mesmo que
obras da dor.
Somos
Camille Claudel

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