domingo, novembro 30, 2008

terra do gelo negro

Eu sou um continente,
colorido continente,
todavia em meu extremo
há ainda a terra do gelo negro.
Lugar inóspito,
lá eu guardo meus mais frios ventos
as noites mais tenebrosas
e as estrelas mais cristalinas.
Lá nada existe de calor
ou de esperança.
Mas é nesse lugar
onde há as minhas mais belas paisagens
as mas desoladas
e as melhores
e as mais distantes
e as mais puras.
E para lá que eu vou
quando o calor fica a me sufocar
E quando tudo está certo demais
até eu
até demais
até nunca mais.

sexta-feira, novembro 21, 2008

o olho e a escuridão

O inventário do vento
silêncio
uma passagem
tormento
lento
sentido
sem nada
noite
entortada
tudo reaparece
só é necessário
um copo de vinho
e um pouco de vento
.
.
.