terça-feira, fevereiro 26, 2013

Fire, fire, fire



Barulho embargo
Engano amargo
Ruído, roendo tijolos
Correndo descalço, vidros
Embrulhando o estômago
Roedor dos sons sonhados
Interfira-se gaiola unhas ruídas
Beijos destruídos em escombros
De  batom traçado a riscas, prisão
Em escombros, entre a implosão
O som duro do Sol que espanta a noite, que corre 
 seus pés  sangrando  amor, chapinando barulho da dor


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segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Calendas

Os dias, como cavalos que escapam
Que fogem, que dispersam
Cavalos de fumaça, que pairam,
Que voluteiam, que indefinem
Que ameçam.
Cavalos de saudade, que galopam
doloridos em meu peito; que mordem e se transformam em areia a lamber o sal do mar das lágrimas de pavor.
Cavalos da morte, levando em seu lombo o limbo dos entes queridos que se vão.
Apanhamos, caímos, resfolegamos e cuspimos: tentamos e tentamos; nunca desistimos de domá-los.
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