quarta-feira, outubro 27, 2010

sirenes

Silêncio
Intenso
Do início.
Extenso, extenso
Precipício.
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Por quanto me valho
Portanto me jogo
Um tanto sou folha
Em pranto lhe beijo
Já não tenho escolha
Acenando lhe deixo
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Não há mais silêncio,
Todo som tem gosto pavoroso das sirenes
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segunda-feira, outubro 18, 2010

Narciso da madrugada

Narciso da madrugada,
E minha alma já não vale nada
- quando me aproximo do calmo lago negro,
(a noite faz as vezes de espelho d'água)
Debruço-me para ver meu reflexo
E o que vejo é uma flor de lótus
A boiar, a sobreviver,
Sobre um abismo de podridão.