quarta-feira, janeiro 21, 2009

Flor noturna

Um pingo branco na escuridão
é a flor noturna que pende do muro
e já não é somente um pingo
são vários, vários...
alguém chorando flores
Alguém, alguém
sujeito oculto
e objeto indeterminado
paisagens perdidas
onde caem gotas brancas
silenciosas
intensas
calmas
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segunda-feira, janeiro 19, 2009

O esplendoroso caso dos suspensórios

Rua sem saída
onde paira
uma libélula
impedimento
e promessa de liberdade
até, quem sabe?...
a monotonia
deixar de ser
saudável
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segunda-feira, janeiro 05, 2009

Amsterdã

Café
Café de madrugada.
Noite bebo.
Em um trem
perpassa as cortinas
e do outro lado lambo poeira
poeira de estrelas
e do que eu fui
enquanto o trem é um banco
de praça
rápido demais
para eu alcançar
.
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e as cortinas
pesadas
cor negra
me envolvem
e no meio delas
eu descubro você
entre teias de aranha
e gosto de vinho
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uma praça
na frente de um rio cinza
onde o tempo escurece
e a vida entristece.
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(poesia destinada à Clan Of Xymox)

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Aflige a Esfinge

Aflige a Esfinge







Decifra-me, e eu te deploro!...
imploro que deixe
em paz e a sós
meu mistério
é so nele
que passeiam
minhas luas
e o meu sentimento
E não há sentido
em se levar
tão a sério.
E nem em você
e nem no seu cemitério
.
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