segunda-feira, abril 09, 2012

aquarela tardia


meus braços despetalam-se, azuis,
em profusão de borboletas
quando tento lhe tocar
e o que me resta
são sombras violetas
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segunda-feira, abril 02, 2012

Amor Agressor

Ela fecha os olhos
Dedos tocam seu pescoço
Tudo bem, murmuram os olhos para escuridão que só eles vêem
Desde que ninguém toque mais meu coração
Pois ali é que a dor é doída
Dedos lhe tocam sem contudo nunca lhe tocarem de fato,
Outros dedos, outras pessoas,
Amores, agressores, anônimos, sinônimos
Ela continua doida, olhos fechados, dançando
Para os dedos, para os elos (roídos como as unhas de dedos desesperados).
Vidas que não são tão paralelas
Mas nunca, nunca se tocam.
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