Sou enclave
A que resisto?
Por que insisto?
Enclave em solo inimigo
Sol aterrador
Soterra-me, sinto pavor
Embora criar seja existir num
Empório feito arame farpado
A me rodear, a me proteger, a me ferir
A me delinear e a me delimitar
E a me limitar e a me entristecer
Dentro, o nada cruel
E fora, o abismo que em nada ajuda
Mesmo assim, continuo enclave
E não lavo as mãos de ninguém.
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domingo, junho 26, 2011
quarta-feira, junho 22, 2011
segunda-feira, junho 06, 2011
frio açoite
A lua, um seixo
Tropeço, e não há mais rua
Ou nexo; apenas a obscura face
Do desabrigo
Na noite.
Tropeço, e não há mais rua
Ou nexo; apenas a obscura face
Do desabrigo
Na noite.
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