ipê amarelo
dentro do cemitério;
-Não se leve
tão a sério .
"Peque-me"
com seu pensar
escuro.
Eu amo
os mortos
que há em
sua cabeça
tão pensante
tão amarela
e seu coração
de amores mortos
vivos
vampiros
que assombram
a mim.
Quando eu
alimentarei
também
as flores
do seu mal?
Invejo quem
que lhe deixa
com esse olhar
triste e belo
olhar amarelo
como um ipê
no cemitério.
.
.
.
obs: essa poesia eu fiz no início da primavera brasileira de 2004. Alguns anos foram sepultados desde então, e por entre a fissura deles surgiram novas flores de ipê...